quarta-feira, 25 de abril de 2012

BOM COMBATE


"Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, de retorno à casa paterna para a bênção do amor.
Emoção do reencontro.
Alegria redescoberta.
Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva do cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.
Por fora, é o carinho que nos reúne.
Por dentro, é o remorso que nos fustiga.
Vanguarda que fulgura.
Retaguarda que obscurece.
Êxtase e dor.
Esperança e arrependimento.
Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.
E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.
Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.
Agradece, assim, o lugar de prova em que te sintas.
Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.
Todo título exterior é instrumentação de serviço.
A existência terrestre é o bom combate.
Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.
Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.
E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos." (Emmanuel, Justiça divina, Lição 1)

No momento em que nos deparamos no Plano Espiritual  após a morte,
assim que recobramos a consciência, e que começamos a ver o nosso passado estampado em nossa consciência, estados de vergonha e arrependimento se sucedem e clamamos por uma nova oportunidade 
de reparação dos nossos erros numa nova vida, ou uma
reencanação. É a justiça divina nos oferecendo uma nova ocasião de refazer nossa vida corrigindo nossos erros.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

PACIÊNCIA E RACIOCÍNIO


"Auxílio amoedado e promoção social constituem por si valioso amparo, significando créditos que te impulsionam para respeitabilidade e progresso.
Existe, no entanto, uma fonte de apoio, em ti mesmo, que te livrará de muitas calamidades suscetíveis de te arruinarem a vida, partindo da vida íntima.
Referimo-nos à paciência que podes sustentar contigo à feição de sentinela silenciosa.
Não nos esqueçamos, porém, de que semelhante virtude pode ser comparada a uma planta que tão-somente se desenvolve no terreno da compreensão.
Não bastará, por isso, tolerar sem raciocinar para que a paciência permaneça conosco.
Diante das crises que te visitem no dia-a-dia, coloca-te no lugar daqueles que se fizeram instrumentos de inquietação.
Terás sofrido ofensas...
Pensa, porém, nos problemas que agitavam o espírito do agressor incapaz de agüentar a si mesmo, nos momentos de angústia.
Impuseram-te prejuízos materiais...
Imagina o estado de penúria ou de ignorância daqueles que te situaram no cipoal da aflição e compadece-te deles que adquirem pesares e lutas para a dor do arrependimento.
Traíram-te a confiança...
Considera a enfermidade ou a obsessão dos seres amados que se hajam, talvez, agravado ao ponto de te ferirem e te esquecerem.
Cercaram-te de injúrias...
Medita na perturbação dos amigos ou adversários que adotaram comportamento infeliz, entrando em dívidas escabrosas com que se defrontarão, um dia.
Alguém te humilhou os entes mais caros...
Pondera o desequilíbrio dos que tombaram na delinqüência sem refletir que estão comprando provas e lágrimas com que seguirão nas veredas da culpa.
Recordemos:
Paciência raciocinada é a paciência que não se perde.
Cultiva no coração essa fonte de bênçãos, ante as dificuldades e experiências da vida e conquistarás a serenidade a se te converter, por fim, em paz de espírito.
Daí por diante, caminharás para a frente nos domínios da evolução. compreendendo em definitivo quanto vale o amor na garantia da vida, estendendo o bem e extinguindo as trevas." (Emmanuel, Urgência,  p. 09)


Esta lição nos ensina também a tolerância. Diante das agressividades com paciência e raciocínio conseguiremos tolerar aqueles
que num momento inoportuno nos ofende. Com a nossa atitude 
ele raciocinará sobre a própria...  

quinta-feira, 12 de abril de 2012

SEGUE CONSTRUINDO


"Segue construindo.
Aqui, erguerás uma casa ao ideal nobilitante.
Ali, improvisarás um refúgio ao reconforto.
Além, farás um recanto onde a fé possa sobreviver.
Adiante, fincarás uma escora que sustente a esperança.
Tempestades e ventanias colocarão à prova as edificações que levantes.
Muitas delas talvez caiam, no entanto, a vida lhes conservará o balizamento.
De outras, restarão alicerces, aguardando estruturas novas.
Outras muitas, porém, persistirão no tempo, agradecendo sonhos e calos, preces e lágrimas.
Não te detenhas porque sombras e aguaceiros te ameacem.
Pensa nos despojados, nos irmãos que perderam o agasalho da paz ou que se viram expulsos do teto da confiança.
Reflete nos espoliados de abrigo espiritual que caminham na Terra, tantas vezes galardoados pelo conforto físico, a suportarem o frio da adversidade no coração.
Segue construindo esperança e amor em auxílio a todos. Todos os companheiros da Humanidade são nossos irmãos perante as leis da vida.
Para edificar, entretanto, não te escravizes.
Ama e serve sem apego.
Indispensável aprender a possuir servindo sempre para não se viver de alma possuída.
Adianta-te, nas estradas do tempo, materializando o bem, porque o bem é a única força capaz de levantar e manter essa ou aquela senda de elevação.
Se procuras modelo, detém-te no Cristo.
Jesus, o Senhor, foi anunciado por avisos e cânticos dos anjos, mas nasceu em viagem.
Acatou as escolas do mundo, no entanto, ensinou e serviu, através de caminhos e vias públicas, barcos e montes.
Iniciou o apostolado, honorificando a família, em Caná, mas esteve sempre ligado à Humanidade inteira.
Respeitou a propriedade, junto de Zaqueu, contudo, traçou sadia orientação à fortuna para que a fortuna funcione amparando o próximo.
Amou profundamente as criaturas que lhe desfrutavam a convivência, entretanto, não vacilou em aceitar a cruz por amor a todos, entregando-nos a cada um os recursos precisos, a fim de que saibamos construir a nossa casa íntima de paz e libertação espiritual para sempre.
Saibamos guardar o coração na fé e na bondade, conservando a palavra e as mãos no serviço infatigável do bem..."


Enquanto estivermos sobre a Terra, estaremos vivendo as provas e expiações necessárias ao nosso progresso evolutivo; que ele seja sob o exemplo incomparável  do Cristo Jesus!

sábado, 7 de abril de 2012

VONTADE

"Comparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida —
a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos
e as aspirações, acalentando o estimulo ao trabalho; o Departamento da
Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento
da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o
Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros,
ainda, que definem os investimentos da alma.
Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.
A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os
setores da ação mental.
A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da
laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de
todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
A eletricidade é energia dinâmica.
O magnetismo é energia estática.
O pensamento é força eletromagnética.
Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as
manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e
desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do
espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da
máquina.
O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a
capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o
controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam
os problemas do destino.
Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação
e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a
Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a memória, não
obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a
Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.
Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do
espírito.
Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate
da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável,
mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de
modo a mantê-los coesos na corrente do bem." (Emmanuel, Pensamento e vida, p. 05)

Com esta lição aprendemos que se erramos e persistimos
no erro, é porque a vontade é fraca, não possui
energia suficiente para "sustentar a harmoia do espírito."
Até o delinquente contumaz pode se corrigir, se tiver VONTADE!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENERGIA E BRANDURA

"Na marcha do dia-dia, urge harmonizar as manifestações de nossas qualidades com o espírito de proporção e proveito, a fim de que o extremismo não nos imponha acidentes, no trânsito de nossas tarefas e relações.

Energia na fé; não demais que tombe em fanatismo.

Brandura na humildade; não demais que entremostre relaxamento.

Energia na convicção; não demais que se transforme em teimosia.

Brandura na humildade; não demais que degenere em servilismo.

Energia na justiça; não demais que seja crueldade.

Brandura na gentileza; não demais que denuncie bajulação.

Energia na sinceridade; não demais que descambe no desrespeito.

Brandura na paz; não demais que se acomode em preguiça.

Energia na coragem; não demais que se faça temeridade.

Brandura na prudência; não demais que se recolha em comodismo.

No caminho da vida, há que aprender com a própria vida.
Vejamos o carro moderno nas viagens de hoje; nem passo a passo,
porque isso seria ignorar o progresso, diante do motor; nem velocidade além dos limites
justos, o que seria abusar do motor para descer ao desastre e à morte prematura.
Em tudo, equilíbrio, porque, se tivermos equilíbrio, asseguraremos, em toda parte e em qualquer tempo, a presença de caridade e paciência, em nós mesmos, as duas guardiãs capazes de garantir-nos trajeto seguro e chegada feliz."  (Emmanuel, Alma e coração, p. 18).

Em tudo na vida precisamos de equlíbrio!
Os extremos oferecem perigo de queda na hora mais iminente.
Melhor refletir e ponderar sobre o próximo passo!