sábado, 30 de junho de 2012

O SERVO FELIZ


"Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um
Lavrador.
Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los.
O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:
— Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei
muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens
em monumentos que me honram o nome.
— Que deseja em troca de seus grandes serviços? — indagou o Enviado.
— Quero entrar no Céu.
O Anjo respondeu sem vacilar:
— Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários,
mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que
alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.
O Filósofo acercou-se do preposto divino e
—Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado círculo dos homens. Dei às
criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas.
Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres.
— Que pretende pelo que fez? — perguntou o Emissário.
— Quero entrar no Céu.
— Por agora, porém — respondeu o mensageiro sem titubear —, não lhe
cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as idéias que você
deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe
os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto,
solucione seus problemas e torne oportuna-mente.
O Político tomou a palavra e acentuou:
— Ministro do Todo-Poderoso, fui administrador dos interesses públicos.
Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos
documentos oficiais.
— Que pede em compensação? — perguntou o Missionário do Alto.
— Quero entrar no Céu.
O Enviado, no entanto, respondeu, firme:
— Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões
divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com
amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda
às questões que lhe interessam a paz Íntima e volte depois.
Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, humilde:
— Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o
arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de
conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva
benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor
e na ternura de meus filhinhos...
O Anjo sorriu e disse:
— Que prêmio deseja?
O Lavrador pediu, chorando de emoção:
— Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar
trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A
luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si
mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver
a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga...
Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, semeando,
louvando e servindo!...
O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de
júbilo:
— Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono
Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa."
(Neio Lúcio, Alvorada Cristã, p.10)

As nossas conquistas mais agradáveis a Deus,
são na verdade muito simples. Basta ser  humilde, honesto, trabalhador, simples e amar. 
Quem ama sabe agradecer e venerar as graças de Deus!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

PRÊMIO AO SACRIFÍCIO


"Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evan­gelho que cada homem receberá sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.
      O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lu­cros administrativos. Dentro de vinte e cinco anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e dis­tribuía os lucros com justiça e bondade.
      O segundo estudou muito tempo e tornou-se juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os com­promissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.
O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.
Viu-a triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bénçãos divinas.
Bastou isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino. Dava de si mes­mo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viú­vas e órfãos, doentes e infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e tanto trabalhou que per­deu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou so­zinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através da oração, ajudando-os, cada vez mais.
Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de tempo.
Quando se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.
O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distri­buído em benefício de muitos. O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escre­ver suas rogativas.
O primeiro foi abençoado pelo conforto que es­palhou com os necessitados e o segundo foi tam­bém louvado pela justiça que semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralí­tico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.
Então, o Mensageiro falou-lhe, feliz:
— Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a faina que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.
E o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de onde passou a exercer au­toridade sobre muita gente". (Neio Lucio, Alvorada cristã, p. 25)

Esta mensagem, pela sua clareza,
 dispensa qualquer comentário.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

A GOTA D'ÁGUA


      Um dia, a Gota dÁgua, o Raio de Luz, a Abe­lha e o Homem Preguiçoso chegaram ao Trono de Deus.
      O Todo-Poderoso recebeu-os, com bondade, e perguntou pelo que faziam.
      A Gota dÁgua avançou e disse:
      — Senhor, eu estive num terreno quase deser­to, auxiliando uma raiz de laranjeira. vi muitas árvores sofrendo sede e diversos animais que pas­savam, aflitos, procurando mananciais. Fiz o que pude, mas venho pedir-te outras Gotas dÁgua que me ajudem a socorrer quantos necessitam de nós.
      O Pai sorriu, satisfeito, e exclamou:
      — Bem-aventurada sejas pelo entendimento de minhas obras. Dar-te-ei os recursos das chuvas e das fontes.
      Logo após, o Raio de Luz adiantou-se e falou:
      — Senhor, eu desci... desci... e encontrei o fundo de um abismo. Nesse antro, combati a sombra, quanto me foi possível, mas notei a presença de muitas criaturas suplicando claridade. Venho ao Céu rogar-te outros Raios de Luz que comigo cooperem na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem a pressão das trevas.
O  Pai, contente, respondeu:
— Bem-aventurado sejas pelo serviço à Cria­ção. Dar-te-ei o concurso do Sol, das lâmpadas, dos livros iluminados e das boas palavras que se en­contram na Terra.
Depois disso, a Abelha explicou-se:
— Senhor, tenho fabricado todo o mel, ao al­cance de minhas possibilidades. Mas vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção...
O  Pai, muito feliz, abençoou-a e replicou:
— Bem-aventurada sejas pelos benefícios que prestaste. Conceder-te-ei novos jardins e novas companheiras.
Em seguida, o Homem Preguiçoso foi chamado a falar.
Fez uma cara desagradável e informou:
— Senhor, nada consegui fazer. Por todos os lados, encontrei a inveja e a perseguição, o ódio e a maldade. Tive os braços atados pela ingratidão dos meus semelhantes. Tanta gente má permanecia em meu caminho que, em verdade, nada pude fazer.
O  Pai bondoso, com expressão de descontenta­mento, exclamou:e­
— Infeliz de ti, que desprezaste os dons que te dei. Adormeceste na preguiça e nada fizeste. Os seres pequeninos e humildes alegraram meu Trono com o relatório de seus trabalhos, mas tua boca sabe apenas queixar, como se a inteligência e as mãos que te confiei para nada valessem. Retira-te! os filhos inúteis e ingratos não devem buscar-me a presença. Regressa ao mundo e não voltes a pro­curar-me enquanto não aprenderes a servir.
A Gota dÁgua regressou, cristalina e bela.
O  Raio de Luz tornou aos abismos, brilhando cada vez mais.
A Abelha desceu zumbindo, feliz.
O  Homem Preguiçoso, porém, retirou-se muito triste.

Sempre  ha algo a ser feito em  nosso redor,
 seja ao nosso semelhante, ou à natureza.
O homem ocupa um importante  espaço na obra divina!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O AMOR


"O amor é a suprema felicidade do místico, é a alma acesa em todas as dimensões
da vida, é a força concêntrica do cosmo, é a luz de Deus que se expande em
todas as latitudes da criação. A escola do amor é infinita, como infinito é o poder
do Pai Celestial. O amor canta, na força eletrostática do átomo, e torna-se uma
melodia universal, na mecânica do cosmo. Ele é um conjunto de fios invisíveis que
partem do Criador ligando toda a criação. O amor é a vida.
O amor é Deus, o amor é a caridade, o amor é a paciência, a tolerância, o perdão,
a amizade, o trabalho, a fraternidade. Descendo infinitamente para o mundo, o
amor se manifesta nos próprios instintos, impulso irresistível e misterioso que
direciona os animais. E por lei da evolução, ele parte da simples afinidade entre
pessoas e coisas e esplende como flor da mais rara beleza.
Nada resiste ao amor. Se porventura estais cansados e oprimidos, pensai no
amor, começai com alegria a pensar nele, a vivê-lo na sua mais pura radiação,
que notareis logo uma diferença no vosso estado psicológico: a mente mais ativa,
o coração mais ritmado e os olhos mais vivos. E, se esse exercício for cultivado
de vez em quando, a alma se habitua, com as bênçãos de Deus, a sentir amor por
tudo que existe, pois nada foi feito sem ele.
As vibrações são constituídas de sons, e as emissões dos pensamentos são
reconhecidas, quando provêm de almas que dignificam a vida pelas portas do
amor. A melodia é harmoniosa e divina. A mente, acostumada na ginástica do
amor, é capaz de curar seus próprios desequilíbrios, ou pelo menos, aliviar os
outros. O Cristo quando andou pela Terra foi a personificação do amor. Por isso,
as suas vestes eram disputadas, para que os enfermos pelo menos tocassem
nelas, e quando assim acontecia - afirma o Evangelho - eles saíam curados. O
amor lhes conferia uma profusão de fluidos superiores, que a inteligência de Jesus
sabia repartir com os famintos e os desesperados. Em muitos casos, eram os
anjos que O acompanhavam, que faziam essa distribuição de bênçãos, em nome
de Deus e, em outros, a própria fé do paciente absorvia o fluido de luz que
circundava o Divino Mestre. Jesus valorizou a fé, por saber que ela remove
montanhas de imperfeições para atingir a essência da vida. Se não temos, na
atualidade, o Cristo frente a frente para nos curar, se não temos os anjos, Seus
agentes, mais de perto para nos aliviar, temos todavia o poder da fé que, de certo
modo. Ele nos deixou, para que pudéssemos usar, e temos testemunho de sua
eficácia. A fé nos faz reportar à época do Cristianismo primitivo, encontrando-nos
com o Senhor e os anjos, e tornando-nos livres de todas as enfermidades. O amor
é também fé, por unificar todas as virtudes do Evangelho. Fazei experiências,
meus filhos, experimentai o poder do amor e vereis. Concentrai-vos no amor, sem
que o devaneio da mente divida, a meditação. Senti no coração, e deixai que o
rosto denuncie esse estado superior. Descei a cortina dos olhos e uns dez minutos
bastarão para que, pondo as vossas mãos em alguém que padece, restabeleçase-
lhe o ânimo. A farmacopeia universal está dentro do vosso coração em
tamanho compatível com a vossa estrutura, mas, elástica, até o infinito. Uma
mente educada opera maravilhas, e uma mente que ama é o próprio céu na alma,
onde Deus habita visivelmente com os anjos." (Miramez, Horizontes da mente, p. 10)


O amor nos modifica. 
O amor verdadeiro nos torna melhores, mais tolerantes,menos egoístas,
capazes até de curar, porque Deus habita no coração (mente) de quem ama.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

SABER CRER


"Crer não é apenas aceitar. É conhecer, é discernir o melhor, conquanto os
sentimentos do amor também façam parte nas escolhas. O espírito é um mundo
de anseios, e só gradativamente vamos conquistando as realidades compatíveis
com a nossa própria estrutura espiritual.
A fé é um patrimônio sagrado que herdamos da vida. É uma lei universal
configurada no livro de Deus, da verdade constituída, de onde promanam a
esperança e a alegria. Se aceitamos a fé que pode encarar frente a frente a razão,
não poderemos deixar de aceitar a fé que desconhece outros ângulos, pois toda fé
é útil na escala a que pertence.
Se uma religião combate o tipo de fé de outra, é por não estar segura da sua. Se
uma pessoa julga seu semelhante, por não comungar consigo nas mesmas lides
espiritualistas, é por duvidar do caminho por onde transita. Todos os processos
são bons, onde eles se afiguram.
Saber crer é a razão na sua mais alta classificação de valores.
Apesar disso, é necessário que haja maturidade na alma. Cada espírito encarnado
ou desencarnado vive em uma faixa diferente, e o que pode ser bom para um
pode não ser para o outro. Vejamos as diferenças de um chofer comum, de
automóvel, na Terra, para um astronauta em uma cabine espacial. As exigências,
de um diferem das necessidades do outro, por trabalharem em planos
completamente diferentes.
Assim, onde quer que estejamos, a inteligência nos adverte que é mais proveitoso
saber crer, para um rendimento maior. O esforço é de cada individualidade, no
certame do aprimoramento. Quem labora para melhor está em oração, sem, em
muitos casos, o perceber. No entanto, a ajuda de Deus não se faz esperar. Atinge
o coração de boa vontade, por todos os meios disponíveis.
A persistência no bem é proporcionada pela fé. Se achais que não a possuís,
procurai-a, que deve estar escondida nas veredas dos sentimentos, em forma de
planta mirrada ou semente minúscula, e cuidai dela, com os cuidados com que
cuidaríeis do mais precioso escrínio da vida, pois ela é vida, ela é filha do amor,
ela é Deus palpitando em nós como Sol dos sóis.
A dúvida é a negação da fé. Cria no coração um vácuo turbulento de proporções
indescritíveis, que nos atormenta até que a certeza dos nossos ideais nos
proporcione o ambiente de paz imperturbável. Ninguém vive sem fé. Ela se divide
até o infinito. Se quereis saber o valor da fé, aumentai a capacidade de confiança
de que estais respirando um magnetismo puro, oriundo de fontes espirituais
elevadas, e sentir-vos-eis imediatamente envolvidos por um bem-estar indizível. É
a fé, que transportou todas as montanhas de divisões do amor com o ódio, abrindo
canais para que os céus adentrem pela Terra, restabelecendo todas as coisas.
Se quereis saber o poder da fé, confiai no amor de Deus para com seus filhos, e
pensai firmemente que estais servindo de instrumento, pelo qual as bênçãos do
Senhor podem atingir o enfermo que desejais. E logo vereis a cura ou o alívio da
pessoa que pretendeis auxiliar.
Vós e a vossa mente sois instrumentos divinos que, unidos, operarão maravilhas,
dependendo da educação que derdes aos vossos pensamentos, às vossas emoções. Essa é uma conquista na qual podereis levar tempo. Todavia, com a
prática, notareis que todos os dias avançareis um pouco e, a cada avanço,
notareis que a fé cresce na proporção em que cresceis com o amor.
Esforçar para crer é humano, e saber crer é divino. Mas o divino somente explodeno coração, libertando-o, pelo esforço próprio".  (Miramez, Horizontes da mente, p. 52).

Muitas vezes  a fé é confundida com religiosidade. Não bastam atitudes,demonstrações de religiosidade como jejuns, promessas, orações intermináveis
se não tiver confiança, certeza de se conseguir. É preciso ter convicção de que o pedido
será concedido. Deus, que habita em nós, conhece o nosso íntimo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

AMBIENTE PESSOAL


"Surges e, onde pisas, aparece a atmosfera pessoal que te é própria. Falas e de
tua palavra flui o magnetismo que te nasce do coração.
Interessamo-nos em auxiliar os outros, conforme a beneficência; entretanto, é
preciso saber como auxiliar, de vez que nos oferecemos, instintivamente, naquilo que
damos.
A dádiva é, obrigatoriamente, envolvida pela influência do doador.
À vista disso, analisa as reações que provocas e os pensamentos que inspiras,
onde, quando e com quem te manifestas.
Qualquer estudo neste sentido pode ser efetuado sem nenhum embaraço,
desde que disponhas a observar em ti mesmo os resultados da presença dos outros.
Na hora da insegurança, não estimas a conversação dos que te não
compreendem; no dia da enfermidade, não te acomodas com as opiniões deprimentes
dos que se envenenam com pessimismo. A voz que te impele a construir a virtude é uma
benção de valor infinito, mas aquela que te censura o defeito em extinção é uma pancada
mental de conseqüências imprevisíveis.
Não te omita onde as circunstâncias te aguardem o comparecimento, mas
examina antes como te apresentares para que alguma atitude menos feliz de tua parte
não estrague o fruto proveitoso que a tua intervenção deva produzir.
Entender primeiro, agir depois.
A necessidade exige socorro, mas, se o socorro aparece destrambelhado, a
necessidade faz-se maior.
Medita na atmosfera espiritual que carregas e cultiva a serenidade, para que a
serenidade te componha o ambiente. Isso não é fazer caridade calculada, nem exercer o
bem sob princípios de matemática, e sim praticar em toda parte o respeito à vida pelo
culto do amor". (Emmanuel, Alma e coração, p21)

Quantas vezes nos deparamos questionando sobre o merecimento 
daquele que nos pede algo.  
Não importa  quem vai receber, se merece ou se fará mau uso da doação.  Importante é a nossa  ação  em ajudar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O PODER DA MENTE


O poder da mente ultrapassa nossas acanhadas concepções terrenas. Nela está o
germe de criações indescritíveis e o princípio de belezas imortais porque, por seu
intermédio, flui o poder fantástico de Deus. Se assim podemos dizer, a mente
humana é a mente do Criador na sua mais baixa vibração cósmica, no que diz
respeito ao princípio da consciência. No entanto, para nós outros, é o mais alto
grau de evolução terráquea, tanto expressando a engrenagem da razão. como
ampliando os instintos para um caminho sobremaneira divino a fraternidade.
Aproveitar esse dom maravilhoso é sinal de grandeza da alma. Educar os
impulsos inferiores é sintoma de que o espírito começa a acordar Para a luz.
Iniciar o uso das faculdades, no serviço grandioso do amor e da caridade, é sinal
de que a liberdade despertou o coração, para tornar o espírito imortal livre em
todos os campos do saber.
A mente é como o chuveiro da alma. Aquilo em que pensais firmemente cairá
sobre vós mesmos, de modo a vos libertar ou a vos encarcerar, dependendo do
teor dos sentimentos que impulsionam as ideias.
Querendo e sabendo, podereis revigorar vossas forças todos os dias, através de
pensamentos construtivos, esforçando-vos para que eles plasmem as ideias, de
modo a torná-las visíveis pelos fatos. É muito justo que estudeis, com atenção,
obras que vos levem à educação dos impulsos mentais, mas que, juntamente,
tenhais, ao lado, um companheiro que nunca falte, experimentado nas lides das
reformas morais, consciente dos deveres perante as leis e sempre pronto a trocar
experiências, que são tesouros imortais do coração.
A amizade pura faz germinar o amor e esse amor desata a vida em variadas
direções. Apresentai-vos como candidatos, meus filhos, para a mudança da vida
que levais. Mesmo que tenhais atingido elevado posto na conduta, um reaperto a
mais nunca faz mal a ninguém. Conferi os pontos a que já atingistes, e esforçaivos
mais um pouquinho. Medi as forças e andai mais um passo, que a ajuda
nunca faltará para o vosso trabalho.
Sabemos que a imposição é filha do desespero. Todavia, somos cientes de que o
convite é irmão gêmeo de grandes esperanças. A nossa intenção é somente
expor, para os amigos da mesma frequência, o que temos em mãos para ser
usado: o poder estuante da mente, que poderá realizar fenômenos indescritíveis
em nosso favor, transformando-nos de simples almas vegetativas, em espíritos
vivificantes, de animais inconscientes, em superhomens espirituais, de escravos
do mundo, em filhos livres de Deus, dependendo do modo pelo qual usarmos os
dons que nos foram entregues pela Suprema Majestade do Universo.
Jesus transformou a água em vinho, nas bodas de Cana, mostrando aos seus
discípulos, no simbolismo que Lhe era peculiar, que pela necessidade evolutiva
das criaturas, eles deveriam fazer o mesmo, nos caminhos que haveriam de
percorrer: passar, de águas que eram, a vinhos que deveriam ser, para que os
convidados do banquete divino da Sua doutrina pudessem sentir o sabor
inigualável da essência do amor.
O homem superior é uma mensagem viva do otimismo que ele mesmo acelera na
engrenagem da mente, deixando-o filtrar em todas as expressões do corpo, já que
todos os órgãos correspondem a esse ingente esforço, com harmonia qualitativa,
na regência da alegria.
O homem superior é aquele que desconhece o ódio, que esquece a ofensa, que
perdoa sem condições a todos os ataques que, porventura, a ignorância lhe
desfechar. É bom, sincero e justo. Conhece o poder que tem e sabe usá-lo tanto
para seu benefício como para o conforto dos seus semelhantes. Respeita todas as
leis, por saber que elas lhe asseguram a felicidade. Quando fala, parece que de
sua boca sai algo encantador, usando o verbo como veículo mensageiro de
esperança, de saúde e de coragem aos que o ouvem. Nunca é atingido pelo meio
ambiente, por saber espiritualizar os fins. A sua mente é uma fonte qual a que o
Cristo usou para dar de beber â samaritana: quem tomar de sua água nunca mais
terá sede e essa fonte jamais se extinguira. É superior ao tempo e ao espaço em
todos os quadrantes da Criação. Mas, para atingir isso, é preciso educar o poder da mente.
(João Nunes Maia, Horizontes da mente, p. 8)

Já conhecemos que a mente tem um poder vigoroso!
Que tal usa-la a nosso favor colocando o otimismo e a fé como ferramentas indispensáveis para
obtermos exito em nossas conquistas?