domingo, 30 de setembro de 2012

O ATEU


Minha mensagem é destinada aos homens de pouca fé. A eles eu peço uma atenção especial.
Quando caminhei pelo mundo terreno, desconhecia que a vida se prolongava após a morte física. Duvidava desta realidade e, por isso, combatia as ideias religiosas com pertinácia. Os sermões dos padres, pregações evangélicas ou qualquer tipo de conversação espiritualista eu sempre ignorava com desprezo, ou, quando havia chance, emitia opinião desfavorável. Eu repudiava todo e qualquer pensamento que assumisse um cunho religioso.
Era um ateu convicto e não atinava que minhas concepções, na verdade, eram preconceitos construídos com base na vaidade pessoal.
Às portas da morte, busquei um consolo na filosofia materialista que eu professava, porém este não veio. Na realidade, eu nunca havia pensado no futuro, pois no futuro que eu acreditava, haveria apenas o vazio. Eu tinha sede de viver, continuar pensando, manter minha consciência, mas eu não acreditava na alma imortal. Então, a angústia tornou-se companheira inseparável dos meus últimos dias. Meus amigos e parentes mais chegados não conseguiram abrandar os sentimentos deprimentes que se apossavam de mim.
Quando meus olhos fecharam-se para a vida material, passei a andar às cegas por estranhos caminhos. Eles não tinham início, meio ou fim definidos. Pareciam formar um labirinto, que espelhava o que se passava em minha alma. Afinal de contas, não cultivei sentimentos elevados ou solidários durante a vida física, e os poucos amigos que tinha eram da mesma estirpe que eu, ou seja, alimentavam ideias semelhantes às minhas.
Não compreendia a minha situação, já que apenas lembrava-me de que estava desenganado pelos médicos, prostrado no leito. Por quê caminhava a esmo? O que havia ocorrido? Haveria perdido a razão? Estaria moribundo em meio a alucinações de morte? Eu não poderia mesmo entender, pois assumi como verdade incontestável que após a morte reinaria o nada. Lembrei-me dos remédios ministrados e concluí que eles deveriam estar causando tanta confusão mental. O câncer corroia-me, mas os médicos receitavam com frequência no afã de tirarem-me os níqueis. Para eles, a medicina era apenas um modo de sobreviver. Se era para eu permanecer naquele estado, que deixassem-me morrer! Infelizes homens de branco sem ética, que pouco se diferenciavam de banqueiros ávidos por lucro!
E com este estado de espírito, caminhei por muitos anos por veredas escuras. Depois soube que foram quase trinta anos. Havia perdido por completo a noção de tempo. Não poderia imaginar que tinha vagado por quase três décadas. Neste período, minha sina era ser um andarilho que passava fome e sede, sofrendo dores constantes, que eram reflexo da doença que destruiu meu corpo. Às vezes parava por imposição do cansaço e caía num sono perturbador e longo. Em seguida, levantava para voltar a caminhar sem rumo.
Em determinado dia, de suma importância para meu espírito, cheguei a um local que tinha luminosidade própria. Era um ponto de luz que se destacava naquela escuridão.
Finalmente pude enxergar algo mais definidamente, embora, conforme me aproximasse, a claridade incomodasse meus olhos. Estaquei somente quando cheguei diante de um grande portão. Este era ladeado por torres de vigia bastante elevadas. Pude ver guardas por trás do portão e pedi ajuda. Minha fraca voz parecia não surtir efeito, mas, após algum tempo, vieram me atender. Recolheram-me para dentro daquele local e rapidamente tornaram a fechar a entrada. Confuso e cansado, desfaleci.
Pela primeira vez em muito tempo, tive um longo sono reparador. Durante este descanso, revi toda a minha vida material. Recordei as oportunidades, decepções, algumas fugazes alegrias e tudo o mais que serviu para que eu fizesse uma avaliação daquela experiência terrena. Quando despertei, fui carinhosamente alertado para o fato de que já não dispunha de corpo carnal. Em princípio fiquei arredio com a notícia, pois ela era contrária aos conceitos que cultivava desde longa data. Porém, como eu era um homem de raciocínio lógico e havia notado um encadeamento coerente entre os fatos que ocorreram, acabei aceitando a nova realidade. Entendi que temos uma alma imortal e que Deus está acima da vida e da morte. Deus é uma inteligência superior que age em conformidade com um amor infinito, apesar de nós seres humanos sermos tão orgulhosos.
Nos dias que vão, preparo-me para reencarnar, pois esta é uma lei da qual não podemos fugir, porque através do seu funcionamento nós evoluímos. Ainda faço planos timidamente, mas uma coisa é certa: tenciono nascer num meio em que me ensinem, desde os primeiros anos, o ABC do espiritualismo. Assim, espero não mais me enredar nas malhas frias e duras da incredulidade.
O ateu (Espíritos diversos, Depoimentos do além, p. 15-16 )

O reconhecimento de que a vida continua,
é um consolo para quem entende que a vida é uma só,
antes e depois da morte.O que modifica é que a vestimenta física  não levamos.Entretanto a passagem para a vida espiritual está relacionada aos   bens espirituais que conquistamos. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O JOGADOR


“Quero deixar minha mensagem de dor e de alerta. Obrigado senhor, por permitir esta oportunidade.
Quando tinha um corpo material, muitas oportunidades tive para ser um homem de bem. Andei por caminhos escusos devido à ânsia de poder. Subjugar o semelhante era, para mim, um prazer doentio. Não compreendia que fazendo o que fazia, só atrairia o desgosto e a agressão.
Em determinado tempo, dirigi um grande cassino, onde os jogos de azar e os vícios conviviam intimamente. Amealhava extensos recursos monetários que me propiciavam exercer o sonhado domínio sobre as pessoas.
Desde a infância, tencionava casar-me com bela moça de elevada classe social, sendo este, talvez, o único desejo verdadeiramente justo de minha alma. Ao demais, só desvios de caráter desde os tempos da juventude.
Cresci jogando nas cartas do baralho a oportunidade de enriquecer e ser bem sucedido.
Por falecimento de parente próximo, herdei volumosa fortuna que investi na compra de uma casa de jogos de pequeno porte. Uma vez instalado, busquei aquela que havia elegido para acompanhar-me na vida. Contudo, grande desgosto tive, pois a rejeição foi a amarga resposta que recebi.
Revoltado e mais endurecido, resolvi castigar os homens a minha volta, através de demonstração de supremacia e agudo despotismo. Nada compreendia, nem esforçava-me para tanto, fosse a má sorte de um infeliz, a doença de um empregado ou problemas de família.
Aliás, o que interessavam a mim problemas familiares, se eu não tinha mais família? Meus pais morreram e eu, como um ser estéril, não conseguira formar um lar.
Vivi a vida sem prestar auxílio a ninguém, só contabilizando gastos e lucros. Os homens eram para mim funcionários ou fregueses. Outra classe para os seres humanos não havia. Amigos? Desconfiava de qualquer um que de mim se aproximasse mais intimamente.
Só esperava traição e calúnia.
Não atinava com os problemas alheios como já disse e, além disso, exigia sempre a perfeição dos outros com relação a minha pessoa. Não perdoava e não pedia perdão. Eu era seco como o carvão e frio como o gelo.
A vida solitária fez crescer neuroses na minha personalidade, que, ao longo do tempo, tornaram-se irreversíveis. Os conselhos médicos eram ironizados e as poucas palavras amigas que recebia, eu as enxotava com orgulho e desconfiança.
Você que me ouve e põe no papel minhas lembranças, já pode imaginar o que se sucedeu na minha vida. Envelheci e morri em meio ao descaso e abandono, apesar do rico dinheiro acumulado. Passei para o outro lado da vida, trajando grosseira vestimenta escura. O peso daquela roupa fazia ela assemelhar-se ao chumbo. Eu não saía do nível do solo terreno.
Não podia alçar voo. A frieza e a solidão eram companheiras íntimas neste meu novo estado de ser. Miserável, eu não sabia a quem recorrer. Os enfermeiros não atendiam-me mais. O que havia com o salário pago? Por acaso meu dinheiro não era mais aceito? Cansado, deixei-me ficar na situação desoladora, clamando interiormente por uma solução que não vinha, para minimizar os desagradáveis sintomas de minha doença.
Penosas lembranças do passado avultavam-se em minha consciência. Negras memórias deprimiam-me mais e mais, conforme surgiam repetitivamente. Grande angústia resumia meu quadro geral, que tornou-se pior quando severas acusações passaram a chegar, frequentes, em meus ouvidos. Eram reclamações de auxílios não recebidos e dívidas não perdoadas. Eu respondia desesperadamente às acusações recebidas. Estava enlouquecendo.
Não compreendia que havia perdido o corpo físico e não habitava mais no plano material.
Ao final de certo tempo indefinível, tornei-me melancólico. O remorso atingia-me pela primeira vez. Lembrei-me novamente de chefes de família pedindo empréstimos ou solicitando um abrandamento na cobrança de juros, e via suas crianças choramingando de fome e padecendo de doenças. Agora, estava sendo responsabilizado de ter permitido que várias crianças falecessem, devido a minha usura. Também recebia acusações de ter sido mandante de surras aos trabalhadores endividados. Tudo era verdade! Então, fui condenado pela minha própria consciência. Envergonhei-me e quis pedir perdão a todos que havia prejudicado, porém continuei a ouvir as mesmas imprecações.
Longo tempo se passou, até que a esperança de remédio para meus males praticamente se esgotou em minha mente. Então, clamei a Deus com toda força que restava em minha alma, para que me perdoasse. Não estava pedindo auxílio para reduzir meus mal-estares, enjoos e tonturas, que eram frequentes, mas apenas perdão pelos meus atos.
A resposta àquela súplica honesta foi um turbilhão de energia que atingiu-me inesperadamente. Tornei-me mais leve, sendo transportado por cuidadosos trabalhadores para um posto socorrista, situado num lugar mais elevado do que aquele onde eu estava. Os enfermeiros trajavam túnica branca, que cobriam seus corpos por inteiro, sobressaindo, na altura do peito, uma cruz vermelha que era símbolo da instituição localizada no plano astral.
Alegrei-me pela primeira vez em muitos anos.
Fui informado que era desencarnado e porque ficara tanto tempo sem auxílio.
Explicaram-me que já tentavam prestar-me socorro há um bom tempo, mas eu estava tão preso ao mundo material que não conseguia ver nem ouvir os socorristas. Eles estavam numa dimensão mais sutil que a minha, por isso foi necessário permanecer longo período ao relento de minha própria alma, para que eu meditasse e compreendesse o quanto havia sido egoísta na Terra. Assim, pude iniciar um caminho de renovação interior, ao mesmo tempo em que dissolvia lentamente os laços magnéticos que me prendiam ao plano físico, tornando possível o resgate.
Hoje, preparo-me para reencarnar. Após um longo estágio em estância de aprendizado, espero ter absorvido todos os recursos necessários para a vitória sobre mim mesmo.
Renascerei em região humilde do planeta, onde terei uma família pobre como guarida. Muitos irmãos consanguíneos me farão companhia. Meu novo corpo apresentará algumas anormalidades que propiciarão necessidades que só outras pessoas poderão atender, para que recebendo auxílio constante, fique marcada em meu espírito a importância da solidariedade.
Os instrutores que me auxiliam no processo reencarnatório, ajudaram-me a compreender a Sabedoria Divina, ao planejar para mim esta nova oportunidade com dificuldades maiores. Mostraram-me também vidas anteriores a esta que eu narrei, podendo concluir que os mesmos erros vêm se repetindo de forma sistemática. Só um remédio mais amargo poderá me trazer uma cura definitiva! Agora começo a entender que dar e receber é Lei Divina, a qual não se inflige impunemente. Àqueles que agem como eu agi, peço que procurem modificar os pensamentos e ações egoístas. Que nós possamos cada vez mais amar para que sejamos amados”.
Robério, 22/04/1995(Espíritos diversos, Depoimentos do além, p. 12)

A vida no plano terreno é uma escola onde adquirimos conhecimentos
 e passamos por provas nas quais confirmamos nosso aprendizado.
Daí as diferenças entre os seres humanos.
Uns são pobres, outros ricos, uns nascem doentes, outros saudáveis, uns são inteligentes e bem sucedidos, outros nascem com retardo mental.
A Lei de Ação e Reação explica isso. 

sábado, 22 de setembro de 2012

CONVERSA COM DEUS


Senhor!
Há séculos caminhando de vida em vida eu Te busquei,
mas sempre permiti que algo me desviasse de Tua senda.
Enverguei o hábito de sacerdote em diversas religiões, mas, na realidade, ainda estava com um véu sobre a minha visão. Eu era um cego guiando cegos.
Pequei contra Ti, Senhor, porque minhas palavras não tinham a força da Verdade. Elas não exalavam o perfume da Fé. Por isso, não fiz que aumentasse o Seu rebanho, pois só a palavra movida pela Fé traz o poder divino da transformação.
Pai, Teu poder reside no Amor.
Esta força maravilhosa eu não tive nas minhas andanças pelo mundo. Desta forma, falhei muitas vezes.
Confesso que fiz uso do Teu Santo Nome em vão, amealhando recursos materiais indevidos. Fui desonesto. Quando tinha dificuldades, buscava o sustento usando a posição privilegiada de ser o Seu representante na Terra.
Após perambular de religião em religião, através de diferentes corpos, em diferentes países, renasci sem o dom da palavra e sem poder ver a luz do dia. Meus olhos eram capazes de verterem lágrimas, mas não de enxergar.
Minha alma podia gritar, mas a boca não exprimia as angústias interiores. Obrigado por isto, Senhor! Esta situação propiciou-me a cura de que tanto estava carente. Foi nesta encarnação humilde que recuperei a minha integridade como Teu filho.
Depois de vagar anos como pedinte, deixei o corpo denso em meio a dores atrozes, que promoveram um despertar profundo acerca da realidade permanente do espírito, fazendo-me desapegar das sensações da vida terrena.
Hoje, sou um espírito regenerado, mas a sede pela Tua luz somente cresce. Quero clamar aos quatro cantos do mundo a minha crença. Sinto que a minha palavra, agora, traz uma força poderosa de amor e de fé.
Desejo renovar corações tão endurecidos como o meu outrora e ter a ventura de conduzir meus irmãos de caminhada, para a Tua luz bendita.
Permita, Senhor, a concretização deste meu mais sincero objetivo.
Um irmão em Cristo.
 (Espíritos diversos, Depoimentos do além, p. 30)

O desconhecimento da vida espiritual após a morte nos leva a atitudes irresponsáveis perante a vida.
No circulo familiar, social, religioso ou político, abrir mão do egoísmo e lembrar que cada um responde pelos próprios atos  assumindo responsabilidade sobre quem segue junto . 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A PAIXÃO


“Minha história é triste e miserável! O meu nome, não quero lembrar!
 Nas agruras da vida esqueci completamente da existência de Deus. Sou, hoje, um exilado da felicidade.


Minhas doces ilusões de outrora se foram.
Quando na Terra, sofri os dissabores daqueles que amam de forma louca e apaixonada.
Não fui correspondido, para minha suprema desgraça. Só saberão a intensidade desta dor, aqueles homens que passaram pelo mesmo problema. Posso afiançar que não há algo mais humilhante do que ser rejeitado, e, mesmo assim, continuar amando a mulher que não quis abrir o seu coração.
Destruí a minha vida, tentando provar ao infeliz espírito feminino, que eu a amava. De certa forma eu a culpo, pois as mulheres quando sabem ser amadas sentem que têm um poder muito grande, transformando, muitas vezes, seus admiradores em dóceis vítimas de sua vaidade. São como o escorpião, que cercando sutilmente suas presas, injetam o veneno apenas na hora que lhes apraz.
Hoje, debato-me ainda em sonhos loucos à busca da pessoa que amei, com profunda paixão. Às vezes, tenho pesadelos acordado, embora saiba que o objeto de minha adoração não está próximo. Gostaria muito de pedir-lhe perdão pela violência que cometi. Acabei com a sua vida, impiedosamente, num momento de loucura. Seu desprezo persistente por mim eram doloridos como punhaladas, o que transformou minha paixão submissa e covarde em
desvario sem limite. A imagem da bela criatura sem vida, nos meus braços, destruiu meus sonhos de rapaz, retornando ainda à minha mente com constância.
Não muito tempo depois de cometer o hediondo crime, tirei a minha própria vida, acumulando um peso maior na consciência. Vaguei em vales sombrios, tendo como perseguidora implacável, a lembrança da fina dama. Cambaleava por caminhos viscosos e lotados de homens e mulheres sem destino. Os gemidos enchiam o ambiente, onde, em primeiro plano, se ouvia um coro de lamentos infernal.
Após muito tempo, fui transferido para um lugar melhor, através do auxílio de boas almas. Contudo, ainda busco-a. Minha suprema ventura seria encontrá-la para implorar que me perdoasse. Não posso mais viver sem ouvir de sua própria boca o perdão pelo grande erro.
Esta é a minha história, a de um homem sem nome e sem ânimo para prosseguir.” 
(Espíritos diversos, Depoimentos do além, p. 10)

Em todas as circunstâncias, melhor é manter a sensatez!
As paixões desenfreadas levam ao desatino,
                                                                                   à perda da autoestima, ao desequilíbrio! 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BUSCAI E ACHAREIS


“Buscai e achareis”.
Amai os vossos inimigos.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Se alguém vos fere numa face, oferecei também a outra.
Acumulai tesouros nos Céus.
Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”
Meditemos nas afirmações de Cristo a nosso respeito.
Nunca te permitas o vazio inútil na caminhada do Bem.
Não te fixes nos empeços da senda.
Reflete nas bênçãos recebidas.
Rememora os obstáculos que passaram e pensa nas alegrias que o trabalho te concede.
Nunca te rendas à tentação do repouso desnecessário e nem te aconselhes com o desalento de vez que, em tuas áreas de serviço, encontras sempre tudo aquilo de que mais necessitas, a fim de seguir adiante.
Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.
Recorda os esforços que desenvolves para que a bondade e a tolerância não se te afastem da vida e dispõe-te a entender e auxiliar, em louvor do Bem.
(Emmanuel, Caminho iluminado, p.06)

Estejamos atentos às necessidades alheias com a finalidade de amparar.
Quanto mais auxiliarmos, mais rápido saldaremos nossas dívidas,ainda que por egoísmo.

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ABSTÉM-TE


 “Abstém-te de fixar as deficiências do companheiro e procura destacar-lhe as qualidades nobres, nas quais se caracterizem de alguma forma.
Examina o bem, louva o bem e estende o bem quanto puderes.
A paz pode passar a residir hoje mesmo em nosso campo íntimo. Basta lhe ofereçamos o refúgio da compreensão e isso depende unicamente de nós.
Se te encontras na condição de peça na engrenagem de hoje, a que se acolhem tantas criaturas aflitas, não te entregues ao luxo do desânimo e, sim, trabalha servindo sempre.
 É preciso aprender a suportar os revezes do mundo, sem perder a própria segurança.
Haja o que houver, trabalha na edificação do bem e segue adiante.
Dor, na maioria das vezes, é o tributo que se paga ao aperfeiçoamento espiritual.
Dificuldade mede eficiência.
Ofensa avalia a compreensão.
A própria morte é nova forma de vida.
Resiste aos movimentos que tendam a desfibrar-te a coragem e mantém-te de pé na tarefa a que a vida te buscou.
Recorda que tudo se altera para o bem”.
(Emmanuel / Chico Xavier, Caminho iluminado, p. 04)

Trabalhar na edificação do bem  é se colocar em segundo plano, é esquecer-se  de si mesmo.
Pensar no outro,no bem do outro; é fazer ao outro o que gostaria que lhe fizessem!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DEDICA-TE AO TRABALHO


Dedica-te ao trabalho em que te sustentas, sem desprezar a pausa do repouso ou o entretenimento em que se te restaurem as energias.
Serve ao próximo, tanto quanto puderes.
Tempera a conversação com o fermento da esperança e da alegria.
Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.
Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.
A paciência é a escora da paz em todas as crises e provocações nas quais te vejas.
Trocá-la por reclamações e cólera, descontentamento e intolerância, será sempre deixar a pequena dificuldade em que te encontras para cair na pior.
Não condenes o mundo, ao invés de apará-lo.
A fonte em movimento assinala o poder do manancial.
A caridade em ação é o metro que determina as dimensões da fé.
Soubéssemos praticar o espírito de aceitação que nos sugerem os ensinamentos do Cristo e decerto que a nossa vida se desdobraria em degraus de paz e luz, ante os nossos anseios de elevação.
 (Emmanuel, Caminho iluminado, p. 03)

É extraordinária a importância do trabalho em nossa vida, 
principalmente quando esse trabalho é dignificado pelo beneficio ao outro. Aumenta nossa autoestima e dá-nos um prazer imenso!