terça-feira, 29 de outubro de 2013

Manifestações dos Espíritos


A crítica malevolente procura representar as comunicações
espíritas como cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia
e da necromancia. Diremos simplesmente que não há, para se comunicar
com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugares mais propícios
uns do que os outros; que não é preciso para evocá-los, nem fórmulas,
nem palavras sacramentais ou cabalísticas; e não há necessidade de
nenhuma preparação, de nenhuma iniciação; que o emprego de qualquer
sinal ou objeto material, seja para atraí-los, seja para afastá-los,
não tem efeito e o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem
suas comunicações tão simplesmente e tão naturalmente como se fossem
ditadas por uma pessoa viva, sem sair do estado normal. Só o charlatanismo
poderia tomar maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos.

A evocação dos Espíritos se faz em nome de Deus, com respeito
e recolhimento; é a única coisa recomendada às pessoas sérias que querem
ter relações com Espíritos sérios. 

As comunicações inteligentes, que se recebem dos Espíritos, podem ser boas ou más, justas ou falsas, profundas ou levianas, segundo a natureza dos Espíritos que se manifestam. Os que provam a sabedoria e o saber são Espíritos avançados que progrediram; os que provam a ignorância e as más qualidades, são Espíritos ainda atrasados, mas que progredirão com o tempo.

Os Espíritos não podem responder senão sobre o que sabem, segundo
seu , e, ademais, sobre o que lhes é permitido dizerem, porque há coisas que não devem revelar, uma vez que ainda não é dado ao homem tudo conhecer. 
(Allan Kardec,Resumo da lei dos fenômenos espíritas, itens 24 e 25)

Nem sempre uma manifestação espírita parte de um espírito superior. 
É necessário que se conheça o fundo moral da comunicação
para se dizer sobre a sua  procedência.

domingo, 27 de outubro de 2013

Manifestações dos Espíritos


10. Os Espíritos podem se manifestar de maneiras bem diferentes:
pela visão, pela audição pelo toque, pelos ruídos, pelos movimentos
dos corpos, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc. Eles se manifestam
por intermédio de pessoas dotadas de uma aptidão especial para
cada gênero de manifestação, e que se distinguem sob o nome de médiuns.
É assim que se distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes,
sensitivos, de efeitos físicos, desenhistas, tiptólogos, escreventes,
etc. Entre os médiuns escreventes, há numerosas variedades, segundo a
natureza das comunicações que estão aptos a receber.

11. O fluido que compõe o perispírito penetra todos os corpos e
os atravessa como a luz atravessa os corpos transparentes; nenhuma
matéria lhe opõe obstáculo. É por isso que os Espíritos penetram por
toda a parte, nos lugares o mais hermeticamente fechados; é uma idéia
ridícula crer-se que eles se introduzem por uma pequena abertura, como
o buraco de uma fechadura ou o tubo de uma chaminé.

12. O perispírito, embora invisível para nós no estado normal,
não deixa de ser matéria etérea. O Espírito pode, em certos casos, fazêlo
sofrer uma espécie de modificação molecular que o torna visível e
mesmo tangível; assim é que se produzem as aparições. Esse fenômeno
não é mais extraordinário do que o do vapor que é invisível quando está
mais rarefeito, e que se torna visível quando está condensado.
Os Espíritos que se tornam visíveis se apresentam, quase sempre,
sob a aparência que tinham quando vivos e que podem fazê-los
reconhecer.

13. É com a ajuda do seu perispírito, que o Espírito atua sobre
seu corpo vivo; é ainda com esse mesmo fluido que ele se manifesta
atuando sobre a matéria inerte, que produz os ruídos, os movimentos de
mesas e outros objetos, que ergue, tomba ou transporta. Esse fenômeno
nada tem de surpreendente se se considera que, entre nós, os mais po
derosos motores se acham nos fluidos os mais rarefeitos e mesmo imponderáveis, como o ar, o vapor e a eletricidade.
É igualmente com a ajuda do seu perispírito que o Espírito faz
os médiuns escreverem, falarem, ou desenharem; não tendo mais corpo
tangível para atuar ostensivamente quando quer se manifestar, ele se
serve do corpo do médium, de quem empresta os órgãos que faz atuarem
como se fosse seu próprio corpo, e isso pela emanação fluídica que
derrama sobre ele.
O Espírito nada mais é que o estado pós morte do ser humano em condição fluídica, por isso torna-se invisível para muitos.
Estão em todos os lugares, e são capazes de perceber até nossos sentimentos. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Dos Espíritos


6. Os Espíritos povoam o espaço; eles constituem o mundo
invisível que nos rodeia, no meio do qual vivemos, e com o qual
estamos, sem cessar, em contato.

7. Os Espíritos têm todas as percepções que tinham na Terra,
mas num mais alto grau, porque suas faculdades não estão mais amortecidas
pela matéria; têm sensações que nos são desconhecidas; vêem e
ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem nem ver
e nem ouvir. Para eles não há obscuridade, salvo para aqueles cuja punição
é estar temporariamente nas trevas. Todos os nossos pensamentos
repercutem neles, que os lêem como em um livro aberto; de sorte que
aquilo que podemos ocultar a alguém vivo, não poderemos mais desde
que seja um Espírito.

8. Os Espíritos conservam as afeições sérias que tiveram na Terra;
eles se comprazem em voltar para junto daqueles que amaram, sobretudo,
quando são atraídos por pensamentos e sentimentos afetuosos
que lhes dirigem, ao passo que são indiferentes para com aqueles que
não lhes têm senão a indiferença.

9. Uma idéia quase geral entre as pessoas que não conhecem o
Espiritismo é crer que os Espíritos, somente porque estão livres da matéria,
tudo devem saber e possuírem a soberana sabedoria. Aí está um
erro grave.
Os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não adquirem
a perfeição deixando seu envoltório terrestre. O progresso do Espírito
não se realiza senão com o tempo, e não é senão sucessivamente
que ele se despoja de suas imperfeições, que adquire os conhecimentos
que lhe faltam. Seria tão ilógico admitir que o Espírito de um selvagem
ou de um criminoso se torne, de repente, sábio e virtuoso, quanto seria
contrário à justiça de Deus pensar que ele permanecesse perpetuamente
na inferioridade.
Como há homens de todos os graus de saber e de ignorância, de
bondade e de maldade, ocorre o mesmo com os Espíritos. Há os que
são apenas levianos e traquinas, outros são mentirosos, trapaceiros,
hipócritas, maus, vingativos; outros, ao contrário, possuem as mais sublimes
virtudes e o saber num grau desconhecido na Terra. Essa diversidade
na qualidade dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a
se considerar, porque explica a natureza boa ou má das comunicações
que se recebem; é em distingui-las que é preciso, sobretudo, se aplicar.
(Allan Kardec,O Livros dos Espíritos, nº 100, Escala Espírita. - O Livro dos Médiuns, cap. XXIV.

É comum pensar que o falecido esteja em condições de visualizar Deus e falar com Ele.
O desencarnado apenas deixou o corpo físico, mas continua presente em espírito embora sob intensa perturação, merecendo portanto muitas orações para que ele seja amparado.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Dos Espíritos


1.O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação
e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações
que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende
todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

2. Os Espíritos não são, como freqüentemente se imagina, seres
à parte na criação; são as almas daqueles que viveram sobre a Terra ou
em outros mundos. As almas ou Espíritos são, pois, uma única e mesma
coisa; de onde se segue que quem crê na existência da alma crê, por
isso mesmo, na dos Espíritos. Negar os Espíritos seria negar a alma.

3. Geralmente, se faz uma idéia muito falsa do estado dos Espíritos;
eles não são, como alguns o crêem, seres vagos e indefinidos,
nem chamas como os fogos fátuos, nem fantasmas como nos contos de
assombração. São seres semelhantes a nós, tendo um corpo igual ao
nosso, mas fluídico e invisível no estado normal.

4. Quando a alma está unida ao corpo, durante a vida, ela tem
duplo envoltório: um pesado, grosseiro e destrutível, que é o corpo;
outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito. O perispírito é
o laço que une a alma e o corpo; é por seu intermédio que a alma faz o
corpo agir, e percebe as sensações experimentadas pelo corpo.
A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o
homem; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser
chamado Espírito.

5. A morte é a destruição do envoltório corporal; a alma abandona
esse envoltório como troca a roupa usada, ou como a borboleta
deixa sua crisálida; mas conserva seu corpo fluídico ou perispírito.
A morte do corpo livra o Espírito do envoltório que o prendia à
Terra e o fazia sofrer; uma vez livre desse fardo, não tem senão seu
corpo etéreo que lhe permite percorrer o espaço e vencer as distâncias
com a rapidez do pensamento. 
(Allan Kardec, Resumo da lei dos fenômenos espíritas)

Nessa obra de Kardec há um resumo das pincipais leis e fenômenos espíritas. São esclarecidos os mistérios e muitos tabus que encontramos vida a fora.