sábado, 7 de abril de 2012

VONTADE

"Comparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida —
a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos
e as aspirações, acalentando o estimulo ao trabalho; o Departamento da
Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento
da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o
Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros,
ainda, que definem os investimentos da alma.
Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.
A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os
setores da ação mental.
A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da
laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de
todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
A eletricidade é energia dinâmica.
O magnetismo é energia estática.
O pensamento é força eletromagnética.
Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as
manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e
desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do
espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da
máquina.
O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a
capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o
controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam
os problemas do destino.
Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação
e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a
Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a memória, não
obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a
Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.
Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do
espírito.
Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate
da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável,
mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de
modo a mantê-los coesos na corrente do bem." (Emmanuel, Pensamento e vida, p. 05)

Com esta lição aprendemos que se erramos e persistimos
no erro, é porque a vontade é fraca, não possui
energia suficiente para "sustentar a harmoia do espírito."
Até o delinquente contumaz pode se corrigir, se tiver VONTADE!

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