quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Dos Espíritos


6. Os Espíritos povoam o espaço; eles constituem o mundo
invisível que nos rodeia, no meio do qual vivemos, e com o qual
estamos, sem cessar, em contato.

7. Os Espíritos têm todas as percepções que tinham na Terra,
mas num mais alto grau, porque suas faculdades não estão mais amortecidas
pela matéria; têm sensações que nos são desconhecidas; vêem e
ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem nem ver
e nem ouvir. Para eles não há obscuridade, salvo para aqueles cuja punição
é estar temporariamente nas trevas. Todos os nossos pensamentos
repercutem neles, que os lêem como em um livro aberto; de sorte que
aquilo que podemos ocultar a alguém vivo, não poderemos mais desde
que seja um Espírito.

8. Os Espíritos conservam as afeições sérias que tiveram na Terra;
eles se comprazem em voltar para junto daqueles que amaram, sobretudo,
quando são atraídos por pensamentos e sentimentos afetuosos
que lhes dirigem, ao passo que são indiferentes para com aqueles que
não lhes têm senão a indiferença.

9. Uma idéia quase geral entre as pessoas que não conhecem o
Espiritismo é crer que os Espíritos, somente porque estão livres da matéria,
tudo devem saber e possuírem a soberana sabedoria. Aí está um
erro grave.
Os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não adquirem
a perfeição deixando seu envoltório terrestre. O progresso do Espírito
não se realiza senão com o tempo, e não é senão sucessivamente
que ele se despoja de suas imperfeições, que adquire os conhecimentos
que lhe faltam. Seria tão ilógico admitir que o Espírito de um selvagem
ou de um criminoso se torne, de repente, sábio e virtuoso, quanto seria
contrário à justiça de Deus pensar que ele permanecesse perpetuamente
na inferioridade.
Como há homens de todos os graus de saber e de ignorância, de
bondade e de maldade, ocorre o mesmo com os Espíritos. Há os que
são apenas levianos e traquinas, outros são mentirosos, trapaceiros,
hipócritas, maus, vingativos; outros, ao contrário, possuem as mais sublimes
virtudes e o saber num grau desconhecido na Terra. Essa diversidade
na qualidade dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a
se considerar, porque explica a natureza boa ou má das comunicações
que se recebem; é em distingui-las que é preciso, sobretudo, se aplicar.
(Allan Kardec,O Livros dos Espíritos, nº 100, Escala Espírita. - O Livro dos Médiuns, cap. XXIV.

É comum pensar que o falecido esteja em condições de visualizar Deus e falar com Ele.
O desencarnado apenas deixou o corpo físico, mas continua presente em espírito embora sob intensa perturação, merecendo portanto muitas orações para que ele seja amparado.

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