“Uma nuvem
de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de
indústrias de morte e destruição. Todos os países são convocados a conferirem
os valores da maturação espiritual da
Humanidade,
verificada no orbe há dois milênios. O progresso científico dos povos e as suas
mais nobres e generosas conquistas são reclamados pelo banquete do morticínio e
da ambição, e, enquanto a política do mundo se sente manietada ante os
dolorosos fenômenos do século, registram-se nos espaços novas atividades de
trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do
Cordeiro.
O exemplo do
Cristo
Sem nos
referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos,
ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de
todos os infortunados e de todos os desvalidos.
Sua palavra
construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos
destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança
reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da
civilização da Humanidade.
É, muitas
vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra
cantando o hino maravilhoso dos bem aventurados.
E, para
fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os
corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que,
acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é
condenado à morte e conduzido ao cadafalso.
No instante
do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado:
– ‘Como, pois, será possível que eu morra
assim inocente?
Onde está a
justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?’
Mas um
companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos:
- ‘Jesus também era inocente!...’
Passa,
então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza.
Secam-se as
lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco
lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro,
ei-lo que
responde resignado:
- ‘Meu filho, não só te perdoo como ainda te peço
cumpras o teu dever.’”
(Emmanuel, A caminho da luz, p. 110)
Jesus, o governador
da Terra, bem conhece cada nação, sua vocação, suas inclinações.
Conhece também a capacidade de cada uma em seguir seus
ensinamentos.Não importa a Doutrina.
Ele só quer que nos
amemos uns aos outros.
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