quinta-feira, 21 de junho de 2012

O AMOR


"O amor é a suprema felicidade do místico, é a alma acesa em todas as dimensões
da vida, é a força concêntrica do cosmo, é a luz de Deus que se expande em
todas as latitudes da criação. A escola do amor é infinita, como infinito é o poder
do Pai Celestial. O amor canta, na força eletrostática do átomo, e torna-se uma
melodia universal, na mecânica do cosmo. Ele é um conjunto de fios invisíveis que
partem do Criador ligando toda a criação. O amor é a vida.
O amor é Deus, o amor é a caridade, o amor é a paciência, a tolerância, o perdão,
a amizade, o trabalho, a fraternidade. Descendo infinitamente para o mundo, o
amor se manifesta nos próprios instintos, impulso irresistível e misterioso que
direciona os animais. E por lei da evolução, ele parte da simples afinidade entre
pessoas e coisas e esplende como flor da mais rara beleza.
Nada resiste ao amor. Se porventura estais cansados e oprimidos, pensai no
amor, começai com alegria a pensar nele, a vivê-lo na sua mais pura radiação,
que notareis logo uma diferença no vosso estado psicológico: a mente mais ativa,
o coração mais ritmado e os olhos mais vivos. E, se esse exercício for cultivado
de vez em quando, a alma se habitua, com as bênçãos de Deus, a sentir amor por
tudo que existe, pois nada foi feito sem ele.
As vibrações são constituídas de sons, e as emissões dos pensamentos são
reconhecidas, quando provêm de almas que dignificam a vida pelas portas do
amor. A melodia é harmoniosa e divina. A mente, acostumada na ginástica do
amor, é capaz de curar seus próprios desequilíbrios, ou pelo menos, aliviar os
outros. O Cristo quando andou pela Terra foi a personificação do amor. Por isso,
as suas vestes eram disputadas, para que os enfermos pelo menos tocassem
nelas, e quando assim acontecia - afirma o Evangelho - eles saíam curados. O
amor lhes conferia uma profusão de fluidos superiores, que a inteligência de Jesus
sabia repartir com os famintos e os desesperados. Em muitos casos, eram os
anjos que O acompanhavam, que faziam essa distribuição de bênçãos, em nome
de Deus e, em outros, a própria fé do paciente absorvia o fluido de luz que
circundava o Divino Mestre. Jesus valorizou a fé, por saber que ela remove
montanhas de imperfeições para atingir a essência da vida. Se não temos, na
atualidade, o Cristo frente a frente para nos curar, se não temos os anjos, Seus
agentes, mais de perto para nos aliviar, temos todavia o poder da fé que, de certo
modo. Ele nos deixou, para que pudéssemos usar, e temos testemunho de sua
eficácia. A fé nos faz reportar à época do Cristianismo primitivo, encontrando-nos
com o Senhor e os anjos, e tornando-nos livres de todas as enfermidades. O amor
é também fé, por unificar todas as virtudes do Evangelho. Fazei experiências,
meus filhos, experimentai o poder do amor e vereis. Concentrai-vos no amor, sem
que o devaneio da mente divida, a meditação. Senti no coração, e deixai que o
rosto denuncie esse estado superior. Descei a cortina dos olhos e uns dez minutos
bastarão para que, pondo as vossas mãos em alguém que padece, restabeleçase-
lhe o ânimo. A farmacopeia universal está dentro do vosso coração em
tamanho compatível com a vossa estrutura, mas, elástica, até o infinito. Uma
mente educada opera maravilhas, e uma mente que ama é o próprio céu na alma,
onde Deus habita visivelmente com os anjos." (Miramez, Horizontes da mente, p. 10)


O amor nos modifica. 
O amor verdadeiro nos torna melhores, mais tolerantes,menos egoístas,
capazes até de curar, porque Deus habita no coração (mente) de quem ama.

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