quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Suicida Inconsciente



"Irmão, bato a sua porta não com o intuito de causar confusão. Estava, já há algum tempo em tua casa, à espera de uma chance para me comunicar. Sei que minha presença não é muito agradável para você. Há pouco percebi que, quando me aproximo mais, posso te causar náuseas e, por isso, pretendo ser breve o quanto possível. Estou aqui devido ao auxílio de um guardião. Foi ele que me trouxe até a sua residência. Não quero tomar seu tempo inutilmente.
Preciso contar o que se passou comigo ao chegar do lado de cá da vida.

Perdi o corpo carnal pelos excessos cometidos em minha vida material, sobretudo com o álcool. Sou um suicida inconsciente e deixei a matéria há pouco tempo. A corrosão dos meus órgãos internos, durante a minha vida física, ainda se reflete no meu ser, perturbando me muito. Quando as lembranças são mais fortes, minhas pernas tremem e a cabeça roda.

Estou em tratamento numa grande casa de saúde que existe aqui no plano espiritual. Como era muito apegado ao plano terreno, necessito estar em contato com pessoas como você, que são capazes de filtrar certas mazelas de desencarnados em desequilíbrio. Não sei ainda explicar como acontece, mas noto claramente um alívio em minha alma. O guardião ampara-me e diz que seu corpo é capaz de purificar o meu. Também explica, que estou recebendo ajuda em decorrência da Misericórdia Divina e que posso ser útil narrando a minha história, o que realizo de bom grado. Já compreendi que minhas faltas são débito pesado e que poderei neutralizá-las fazendo o bem. Que Deus o abençoe. Por favor, ore por mim."
                                                                                                 Alfredo 09/09/1998

Obs.: Na literatura espírita, os desencarnados denominados “suicidas inconscientes” são aqueles que perderam suas vidas através de abusos cometidos contra o corpo físico, seja por excessos alimentares, uso de drogas ou de outras formas, sem que tivessem a intenção exata e consciente de provocar a morte, isto é, de cometerem o suicídio.
(Diversos Espíritos, Depoimentos do além, p. 26)

O nosso corpo é uma dádiva de Deus. 
Cabe a nós cuidar dele  como um bem precioso.
 Os excessos de qualquer natureza podem leva-lo à extinção das forças vitais, por isso é considerado suicida  todo aquele que de uma forma ou de outra prejudica o próprio corpo, seja por excessos ou falta de cuidado.

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